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Edifício e estrutura Edifício Educativo Escola Escola comercial e industrial
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Descrição
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Edifício de planta retangular, com três pisos e cerca de 135 metros de comprimento. Coberturas de telha sobre estrutura de madeira. Seguindo o modelo comum nas escolas projectadas pelo Gabinete de Urbanização Colonial neste período, procurou-se dar à entrada central um certo toque de monumentalidade, com a execução de um grande pórtico, ao centro e erguendo-se à altura do segundo piso, sobre o qual existe uma varanda de grandes dimensões. A existência deste pórtico, que se desenvolve através de uma colunata de quatro colunas em pedra, permite acentuar o carácter de simetria do edifício. Ao contrário do comum nas construções escolares projetadas pelo Gabinete de Urbanização do Ultramar, não existem galerias exteriores a todo o comprimento do edifício, tendo sido estas substituídas por elementos em betão que as simulam. Ao nível da cobertura possui uma platibanda de betão que acompanha a totalidade do comprimento da fachada. |
Acessos
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Namibe *1 |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano, isolado, implanta-se num terreno que ocupa sensivelmente um quarto de um grande quarteirão na zona Oeste da cidade de Namibe. Nas proximidades ergue-se o Cinema Arco-Iris (v. AO911603000014) |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Educativa: escola comercial e industrial |
Utilização Actual
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Comercial e turística: hotel |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Fernando Schiappa de Campos (1956); Lucínio Cruz (1956); Luiz Possolo. (1956). |
Cronologia
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1956, Março - final da redacção das "Normas para as Instalações dos Liceus e Escolas do Ensino Profissional nas Províncias Ultramarinas" da autoria do Gabinete de Urbanização Colonial (João António de Aguiar, Eurico Gonçalves Machado e Fernando Schiappa de Campos), que doravante regularão todos os projectos de Liceus e Escolas Técnicas e Elementares e Escolas Comerciais e/ou Industriais projectadas pelo Gabinete para as Províncias Ultramarinas; 1956 - data do projecto da autoria dos arquitetos Fernando Schiappa de Campos, Lucínio Cruz e Luiz Possolo, técnicos do Gabinete de Urbanização do Ultramar). |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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AGUIAR, João António; MACHADO, Eurico Gonçalves; CAMPOS, Fernando Schiappa de. Normas para as instalações dos Liceus e Escolas do Ensino profissional nas províncias ultramarinas, Lisboa: Ministério do Ultramar, Gabinete de Urbanização do Ultramar, 1956; FERNANDES, José Manuel. Geração Africana - Arquitectura e Cidades em Angola e Moçambique, 1925-1975, Lisboa: Livros Horizonte, 2002; MARQUES, Fernando Moreira. Os Liceus do Estado Novo, Lisboa: Edições Educa, 2003; MILHEIRO, Ana Vaz. Edifícios Educacionais nos Trópicos: o trabalho do Gabinete de Urbanização Colonial na Antiga África Portuguesa, in 11th International Docomomo Conference Living in the Urban Modernity, Mexico City, 19 a 27 de Agosto de 2010; MILHEIRO, Ana Vaz; DIAS, Eduardo Costa. Arquitectura em Bissau e os Gabinetes de Urbanização Colonial (1944-1974), in arq.urb, Revista eletrônica de Arquitetura e Urbanismo, no.2, 2009 (http://www.usjt.br/arq.urb/numero_02/artigo_ana.pdf); MILHEIRO, Ana Vaz; FERREIRA, Jorge. Moderno Colonial. Património escolar em Angola construído durante o Estado Novo português, in 3º Seminário Docomomo Norte Nordeste, Morte e Vidas Severinas: Das ressureições e conservações (im)possíveis do património moderno no Norte e Nordeste do Brasil, João Pessoa, 26 a 29 de Maio de 2010; MILHEIRO, Ana Vaz; SALDANHA, José Luís. Luís Possolo, Um arquitecto do Gabinete de Urbanização do Ultramar, Lisboa: CIAAM, 2012; MONIZ, Gonçalo Canto. Arquitectura e Instrução, o projecto moderno do Liceu, 1836-1936, Coimbra: Ed.Arq, 2007. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA; Arquivo Histórico Ultramarino: Agência Geral do Ultramar; LGP |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1- Namibe designava-se por Moçâmedes antes da independência de Angola. O edifício não foi executado para o terreno inicialmente previsto, tendo essa parcela de terreno sido reduzida para dar lugar a lotes habitacionais, tendo sido o remanescente ocupado pelo Liceu Américo Tomás. Construído cerca de 500 metros a Oeste do referido terreno, o edifício surge amputado do segundo corpo inicialmente previsto e que deveria acolher a biblioteca, o ginásio e oficinas, bem como o corpo dos ginásios e auditório, comuns na tipologia de escolas projetadas pelos arquitetos do Gabinete de Urbanização do Ultramar. |
Autor e Data
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Tiago Lourenço 2010 (projeto FCT PTDC/AURAQI/104964/2008 "Gabinetes Coloniais de Urbanização: Cultura e Prática Arquitectónica") |
Actualização
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