Chafariz de Entrecampos / Chafariz na Rua de Entrecampos
| IPA.00003995 |
Portugal, Lisboa, Lisboa, Alvalade |
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Arquitectura infraestrutural, oitocentista. Chafariz urbano, implantado num pequeno largo, de construção tardia, mas ligado à distribuição de água a Lisboa, por um dos ramais das Águas Livres, retomando o modelo utilizado no Chafariz do Intendente (v. PT031106310126), do tipo caixa de água, de planta rectangular, rematado por cornija e platibanda plena, com face principal em espaldar recto, flanqueado por duplas pilastras toscanas, na base das quais surgem duas bicas em forma de florão, que vertem para tanque rectangular, de bordo simples e zona interior côncava, com bloco amplo de cantaria, possuindo réguas metálicas para apoio do vasilhame. No espaldar, surgem as armas municipais e inscrição alusiva à construção. As faces laterais possuem portas de verga recta, de acesso à caixa de água. Encontra-se flanqueado por duas alas laterais, com bancos de cantaria adossados, num esquema semelhante aos Chafarizes da Convalescença (v. PT031106390231), de Benfica (v. PT031106080371) e da Junqueira (v. PT031106020373). |
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Número IPA Antigo: PT031106040206 |
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Registo visualizado 4564 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo espaldar
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Descrição
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Chafariz de cantaria de calcário lioz, flanqueado por duas alas curvas, percorridas por embasamento de cantaria, rematadas em friso, com capeamento curvo, também em cantaria, tendo os panos de muro totalmente revestidos a azulejo policromo, representando, o do lado esquerdo, uma zona de campo, com vários cavaleiros, duas aguadeiras e o Palácio das Galveias, surgindo, na oposta, uma zona de campo, o Palácio Pimenta e aguadeiros, tentando recriar o espaço que envolvia o chafariz antes da expansão urbanística na zona. Na ala do lado direito, surge uma falsa lápide com os ângulos côncavos e a inscrição: "VISTA PANORÂMICA SOBRE O VALE DE ENTRECAMPOS EM 1851 PROJECTO DE ARQUINTER 1993" No lado oposto, surgem uma segunda lápide, num nível superior, com a inscrição: ""A Câmara Municipal de Lisboa, estando empenhada em abastecer d'água o Chafariz do Campo Grande (…) resolveu em sessão de 22 de Julho de 1850, que se fizesse hum Chafariz nas immediações do dito Campo, levando-se-lhe a água livre por um encanamento desde S. Sebastião da Pedreira e do Aqueducto, que vai ao campo de Santa Anna" Memória sobre Chafarizes". Na base, surge um pincel, uma quadrícula de azulejos e a inscrição: "AZULEJARIA M. Luis Seco". No centro, o chafariz propriamente dito, com espaldar rectilíneo, tendo a face principal flanqueada por dois pares de pilastras de fustes lisos, que sustentam friso dórico, com métopas lisas, sendo o conjunto sobrepujado por cornija e platibanda plena com almofadas centrais. A zona central tem moldura saliente e enquadra painel recortado, com moldura saliente e a inscrição incisa e avivada a preto: "A CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA EM 1851"; no topo, uma tabela com falsas mísulas, contendo as armas municipais. Na base das pilastras, surgem duas bicas em forma de florão, que vertiam para vasos em mármore, colocados posteriormente, em cima das réguas metálicas em ferro, e, antes destes, para tanque rectangular, com a largura do espaldar, com o interior parcialmente ocupado por blocos de cantaria, para colocação de vasilhame, tendo a zona de escoamento côncava e os bordos lisos, consolidados com gatos de ferro. As faces laterais são semelhantes, divididas em dois panos por pilastras toscanas, rebocados e pintados de rosa, um deles tendo parcialmente adossadas as alas laterais, surgindo os segundos rasgados por portas de verga recta e molduras simples, protegidos por uma folha de metal pintado de verde, encimadas por janelas jacentes com molduras salientes, protegidas por grades metálicas e rede. INTERIOR não observado. |
Acessos
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Rua de Entrecampos |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 5 DR, 1.ª série-B, n.º 42 de 19 fevereiro 2002 *1 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, nas proximidades da via-férrea, implantado em zona plana, abrindo para um amplo largo pavimentado a calçada à portuguesa, formando as armas da cidade, uma esfera armilar e elementos fitomórficos estilizados. Em frente, situa-se um edifício de grandes dimensões, pertencente à Portugal Telecom e, na zona posterior, um posto de transformação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: fonte ornamental |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: ARQUINTER (1993). PINTOR DE AZULEJO: M. Luis Seco (1993). |
Cronologia
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1850, 22 Julho - proposta do vereador Frederico Augusto Ferreira para se fazer um chafariz no local, abastecido pelo encanamento desde São Sebastião da Pedreira e do Aqueduto que ia para o Campo de Santana; não havendo dinheiro para toda a obra, formou-se uma Comissão para angariar fundos para o mesmo, composta pelo Conde das Galveias, Francisco Isidoro Viana, José da Silveira, João Baptista de Seixas e o vereador Ferreira; o encanamento foi orçado em 903$200; 1851 - construção do chafariz; 1993 - colocação de dois vasos sob as bicas e execução do revestimento das alas em azulejo, conforme projecto da ARQUINTER, sendo os azulejos pintados por M. Luis Seco. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de calcário lioz e alvenaria mista, rebocada e pintada; tanque, cornija, armas da cidade, tabela, painel, pilastras, tanque e bicas em cantaria de calcário lioz; réguas e gatos de ferro; portas metálicas; alas revestidas a azulejo industrial; vasos de mármore. |
Bibliografia
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CAETANO, Joaquim de Oliveira, SILVA, Jorge Cruz, Chafarizes de Lisboa, Sacavém, Distri-Editora, 1991; FLORES, Alexandre M. e CANHÃO, Carlos, Chafarizes de Lisboa, Lisboa, Edições INAPA, 1999. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1993 - limpeza dos "grafitti" que invadiam o espaldar do chafariz e arranjo da zona envolvente; 2007 - limpeza dos azulejos e da cantaria do chafariz. |
Observações
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1 - Por decreto do Ministério da Cultura (dec. nº 5/2002 de 19 de Fevereiro) foi alterado o Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado em 23 de Junho de 1910 que designava o imóvel como "Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água", passando a ter a seguinte redacção: "Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados, nas freguesias de Caneças, Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém, Queluz, no concelho de Sintra, São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia, Buraca, Carnaxide, Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede, Mercês, Santa Catarina, Encarnação e Pena, municípios de Odivelas, Sintra, Amadora, Oeiras e Lisboa, distrito de Lisboa". |
Autor e Data
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João Machado 2005 / Paula Figueiredo 2007 |
Actualização
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