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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo e cerca urbana
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Descrição
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Planta poligonal, composta de castelo, cintado por quatro torres incluindo a de Menagem (que domina o eixo O. da fortificação) e cerca da vila que abrange a igreja matriz e a antiga R. do Castelo, a única existente intramuros. As muralhas são coroadas por merlões de forma paralelepipédica, e outros de remate piramidal. Tem seteiras estreitas nos espaços do adarve. Castelo: Planta poligonal. A torre de Menagem, de acesso obstruído, tem planta quadrangular, e é de construção maciça até ao andar de ronda; dois pisos de tectos redondos cujo acesso é feito por escadas de três lanços em túneis com frestas para iluminação Cobertura em terraço com balcão corrido caiado. Sobre o terraço a torre do relógio de planta quadrangular e tecto em cúpula bolbosa. Tem três sinos de bronze fundido. A praça de armas tem duas escadas laterais que conduzem ao adarve e não tem moradias internas. A porta da Traição, hoje obstruída, atravessa a torre chamada da Cadeia forte, por ter adossado a O. o edifício da cadeia comarca, de planta rectangular, com quatro vulgares janelas na frontaria, todas gradeadas, portada singela e, sobre o beiral do telhado o campanário do sino de correr. A torre da Cadeia Forte tem planta rectangular e na altura da ronda uma dependência quadrangular com um balcão de pedra a O. em arco de ferradura e capitéis esculpidos, onde se encontra a lápide sobre o arquitecto construtor. Cerca da vila: atravessada apenas pela R. do Castelo no sentido E. - O., tem duas portas, uma em cada extremidade da rua. A porta Legal que dá acesso directo à matriz tem portal de arco quebrado encimado por cortina de ameias e merlões e é flanqueada por duas torres quadradas. O troço E. da cerca não tem construções adossadas e está completamente coberto por merlões de restauros recentes. A porta do Arrabalde, defendida por uma torre de planta quadrangular é semelhante à anterior e tem insculpida a "vara", medida para mercadores. O acesso da porta ao arrabalde é feito por escada pavimentada que continua, após a interrupção da rua, na fachada da Igreja da Misericórdia ( v. 0701010008 ). |
Acessos
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Praça da República |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Urbano. Em pleno centro no ponto mais elevado da vila, cercado no lado O. por construções que lhe estão adossadas |
Descrição Complementar
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Existem várias referências à fundação do castelo: no lintel da porta da torre de menagem, ao nível do adarve; ao nível do primeiro sobrado na face O. (esta está hoje na sala do tesouro da Igreja Matriz) e várias inscrições góticas relativas à construção do castelo e ao seu autor, arquitecto muçulmano de nome Galvo. Sobre o arco exterior da Porta Legal existe uma lápide com a seguinte inscrição: ERA DE 1332 AOS 6 DIAS / DE FEVEREIRO COMEÇARAO A FAZER ESTE CASTELLO POR / MANDADO DO MESTRE DE AVIZ D. / LOURENÇO AFFONSO E ELLE POZ A PRIMEIRA / PEDRA. M.CC.6.3.C. CASTELLO / MOURO ME FEZ /. |
Utilização Inicial
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Militar: castelo e cerca urbana |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DRCAlentejo, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Séc. 13 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Galvo; MESTRE PEDREIRO: João Tiago da Fonseca e Estêvão José (arrematante) (construtores da cadeia comarca) |
Cronologia
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1294 - Lançamento da primeira pedra, tendo Lourenço Afonso, 9º mestre da Ordem de Avis como fundador; 1298 - Conclusão da construção; 1383 / 85 - Pedro Rodrigues, alcaide da fortaleza; 1606 - As moradias interiores do castelo já estavam arruinadas; 1774 - construção da torre do relógio; 1778 - Destruição da barbacã e construção dos novos paços do concelho; 1786 / 1793 - Construção da cadeia comarcã; 1802 - demolição da torre ou campanário primitivo onde esteve instalada a torre do relógio; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria de pedra (xisto da região, granito, mámore) |
Bibliografia
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ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Évora, Lisboa, 1978; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70281[consultado em 1 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREMS |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DREMS |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1943 / 1946; 1958: Obras de restauro na praça de armas e em diversos troços de muralha. Restauro da torre de menagem e demolição de algumas casas para desobstruir o castelo. Regularização de escadas de acesso aos adarves, com reconstrução de degraus; 1980: Construção de alvenaria hidráulica em tapamento de rombos, desinfestação de ervas e arbustos em panos de muralha e refechamento de juntas; 1986: Construção de alvenaria hidráulica em panos de muralha e merlões na torre junto à Igreja da Misericórdia (070101008). Assentamento de silhares de cantaria da região em cunhais da torre. Construção de alvenaria hidráulica em pavimentos de adarves e escadas. |
Observações
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No pátio da praça de armas estão dois cipos funerários provenientes da desaparecida ermida de São Miguel da Mota (v. PT04070105010), dois cipos funerários romanos, uma pilastra visigótica, cabeceiras tumulares cristas, as bases do Calvário do obstruído nicho da Porta Legal e um grande capitel visigótico. |
Autor e Data
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Paula Amendoeira 1998 |
Actualização
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