Igreja e Convento de Santa Cruz
| IPA.00004383 |
Portugal, Évora, Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu |
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Arquitectura religiosa, tardo-renascença, maneirista, barroca; a concepção do edifício é essencialmente clássica, com claustro central e planta quadrangular; a igreja, de nave única e capelas laterais é característica da segunda metade do séc. 16. A correcta inserção no tecido urbano, e a forma como o próprio burgo incorporou o edifício, tanto socialmente - pela sua adaptação a diversas funções - como arquitectonicamente, já que constitui um dos elementos caracterizadores da antiga Rua da Corredoura. Foi uma das primeiras comunidades de mongas agostinhas. Mantém ainda a antiga os muros da antiga cerca uma preciosa capelinha claustral, de planta central com cobertura octogonal, decorada por pinturas murais do séc. 16, de excelente qualidade. |
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Número IPA Antigo: PT040714050015 |
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Registo visualizado 3347 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem das Eremitas de Santo Agostinho - Mónicas
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Descrição
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Planta composta pelo antigo convento e igreja. IGREJA: de planta rectangular, longitudinal, com coro e capela-mor, sacristia e corredor lateral de acesso ao claustro. Massas dispostas horizontalmente, alternando com o volume vertical do campanário. Fachada principal orientada, com portal simples, encimado por frontão triangular, a que se sobrepõe uma janela rectangular, gradeada, de acesso ao coro-alto. Coberturas em telhados de duas águas e em coruchéu piramidal na torre. Empena angular, com friso e rodapé, pilastras e alisares da janela sublinhados a amarelo. INTERIOR: nave única, de planta rectangular, com altares laterais e tecto em abóbada de berço, capela-mor rectangular, com cobertura em abóbada de meio-canhão e coro alto, gradeado. A iluminação resulta somente da janela do coro alto. As paredes da igreja estão inteiramente forradas de azulejos azuis e brancos, seiscentistas; o presbitério é preenchido por um retábulo de talha dourada e polícroma, com embasamento em mármore e quatro fustes adornados de aves, atlantes e elementos vegetalistas, envolvendo a imagem, disposta em trono e visível na maquineta, de Nossa Senhora das Dores. A abóbada do altar-mor está revestida por pinturas oitocentistas. O coro alto e a escadaria que lhe dá acesso encontra-se igualmente revestido a azulejos de figura avulsa, mais recentes, tipo Delft, e na ousia do arco de entrada vê-se uma pintura mural representando uma Pietá. CONVENTO: vasto edifício de planta quadrangular, centrado em redor de um claustro de dois pisos, à volta do qual se dispõem as antigas salas e dependências do convento. A fachada principal, com dois pisos, ao longo da R. Florbela Espanca, é ritmicamente animada por janelas de sacada, no primeiro piso, e simples, no piso térreo. O claustro divide-se em cinco tramos e dois andares suportados por arcos de volta inteira; a galeria do lado S é obstruída por um pavilhão alto de janelas gradeadas; as coberturas são em abóbadas de nervuras. As salas do piso térreo têm ainda abóbadas nervuradas, como o antigo refeitório (hoje salão de baile), de onde parte a ligação à cerca das freiras; a portaria é de planta rectangular com cobertura em abóbada. |
Acessos
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Rua Florbela Espanca (antiga Rua da Corredoura) |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 740-DM/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012 / ZEP Conjunta, Portaria n.º 527/2011, DR, 2.ª Série, n.º 88, de 06 maio 2011 |
Enquadramento
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Urbano, em pleno centro histórico de Vila Viçosa, a uma cota de c. de 364m, numa das principais artérias do burgo, flanqueado por imóveis de carácter burguês dos séc. 18 / 19. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: associação cultural e recreativa |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (igreja) / Pública: municipal (convento) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Mestre Domingos Nunes (Séc. 18); PEDREIROS: Pedro Ledo e Francisco Gonçalves, oficiais de pedraria (Séc. 17) |
Cronologia
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1525 - fundação por D. Margarida de Jesus, que trouxe as primeiras religiosas do Convento de Santa Mónica em Évora (v. PT040705070092); 1529 - cerimónia da primeira profissão; 1530, 1 de Janeiro - começa a funcionar regularmente em comunidade claustral; 1598 - a comunidade obtém de Filipe II autorização para tapar o troço da R. da Torre; 1653, 4 de Fevereiro - é arrematada a construção do dormitório grande entregue a Pedro Ledo e Francisco Gonçalves, oficiais de pedraria; 1678 - a cerca do convento é estendida até a Trav. de Valderrama; séc. 18 - execução do órgão; 1707 - ampliação dos dormitórios gerais, orientada por Mestre Domingos Nunes; 1774 - empreitada de carpintaria no noviciado e reparos no muro do quintal e na botica; 1776-1778 - reparações na frontaria e telhados; 1785-1788 - reparações nas varandas, dormitórios e ante-coro; 1794 - novas reparações nos dormitórios; 1826 - acaba a admissão de monjas; 1834 - extinção das Ordens religiosas; 1863 - fundaçãp da Sociedade Artística Calipolense; 1880, 24 de Maio - fundação da Sociedade Filarmónica União Calipolense; 1883, 13 de Julho - encerramento oficial do convento, por morte da última professa; 1883 - a igreja é cedida às confrarias das Almas e do Rosário; 1890 - o convento é cedido em hasta pública à Câmara; 1891 - inauguração do clube literário e recreativo; 1954, 01 de Dezembro - fundação da Sociedade Columbofila Calipolense; 1991 - inicia-se o Processo de classificação; 1992, 02 fevereiro - Proposta de abertura do processo de classificação pelo IPPC; 1992, 13 fevereiro - Despacho de abertura do processo de classificação pelo Presidente do IPPC; 2007, Julho - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; 2012, 14 de fevereiro - publicado no DR, n.º 32, 2.ª série o Anúncio n.º 3173/2012 relativo à abertura do procedimento de classificação do imóvel; 2012, 09 março - Proposta da DRCAlentejo para a classificação como MIP - Monumento de Interesse Público; 2012, 09 maio - Parecer favorável à classificação pela SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2012, 11 outubro - Anúncio n.º 13539/2012 publicado no DR, 2.ª série, n.º 197, de projeto de decisão de classificação como MIP. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista, de paredes portantes, definida pelo claustro assente em abóbadas; igreja de paredes portantes, travadas por abóbadas. |
Materiais
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Alvenaria mista, de pedra e tijolo, rebocada e caiada; revestimentos de azulejaria e pinturas murais; caixilharias de madeira; coberturas em telha de canudo sobre travejamento de madeira; pavimentos da igreja em madeira e lajeado de mármore; em ladrilho de mármore na quadra do claustro; de mosaico hidráulico, mármore, soalho de madeirae tijoleira industrial no claustro e antigas dependências conventuais; alguns alisares de vãos em xisto. |
Bibliografia
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ESPANCA, Padre Joaquim da Rocha, Memórias de Vila Viçosa, vol.4; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal-Distrito de Évora, Lisboa, 1975; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota [dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa ], Lisboa, 1998. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco |
Documentação Administrativa
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CMVV; IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco |
Intervenção Realizada
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CMVV: obras de conservação regulares; 2006, Setembro - início obras na igreja para instalação museu arte sacra. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Amendoeira 1998 |
Actualização
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Rosário Gordalina 2007 |
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