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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta retangular de corpo único, com cobertura homogénea, em telhado de duas águas. Paredes rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de granito, e encimadas por cornija de argamassa de cimento, sobreposta por beiral simples, e com cunhais pintados simulando pilastras em cantaria de granito. Fachada principal virada a NE., em empena coroada por cruz latina metálica, eletrificada, e sobre os cunhais, pináculos graníticos. Ao centro, porta de verga reta com moldura em granito, antecedida por escada de cinco degraus também em granito, encimada por óculo circular e ladeada por duas pequenas janelas de moldura retangular, protegidas por grade de ferro. Sobre a porta dois ganchos metálicos para a sineira, e do lado esquerdo ranhura da caixa de esmolas interna. Na fachada lateral esquerda abre-se ao centro, porta de verga reta, seguida do lado direito por fresta retangular. Na fachada lateral direita, abre-se fresta de iluminação, idêntica, em posição confrontante. Fachada posterior cega, com empena coroada por cruz latina de granito. INTERIOR de espaço único, com paredes rebocadas e pintadas, pavimento em argamassa de cimento e teto curvo de madeira pintada, tendo ao centro pintada cruz lenhosa com faixa branca e instrumentos da Paixão aos pés, assente sobre cornija emoldurada de argamassa de cimento com pintura simulando juntas. Coro-alto em madeira pintada de azul e balaustrada pintada na cor barro, tendo acesso por escada de madeira de dois lanços a partir do lado do Evangelho; no sub-coro, do lado da Epístola, pia de água benta em xisto. Neste mesmo lado, mas ao centro da parede, púlpito quadrado de betão e parapeito de madeira abalaustrada pintada na cor de barro, com acesso por escada de madeira pintada de azul, lançada a partir do supedâneo de dois degraus, onde se dispõe o retábulo-mor. Retábulo-mor de madeira envernizada com frontal ornamentado com pares de colunelos e cruz inscrita em círculo, de um só eixo definido por baldaquino com empenas recortada, apoiadas em quatro elegantes colunas que se prolongam em pináculos, ladeado por mais dois baldaquinos semelhantes, sobre mísulas. |
Acessos
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Com acesso a partir de Mesão Frio e Vila Jusã através da EM 518-1. Tem placas indicativas e acesso pavimentado até ao topo do monte. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, no topo de um monte coberto com pinhal, sobranceiro ao rio Douro e à vila de Mesão Frio, a cerca de 520 metros de altitude. A capela ergue-se em plataforma artificial com pavimento empedrado, formando miradouro com pendor para E., cerrado por muro de alvenaria de xisto sobrepujado por gradeamento de ferro, com escada de acesso lateral, no flanco SE e espaço para merendas pontuado por mesas e bancos de granito. A NE, surge uma outra plataforma semicircular adaptada no topo do monte, servindo de miradouro com vistas abrangentes sobre o Douro e várias povoações incluindo Mesão Frio e Vila Jusã. O acesso por Vila Jusã, de pavimento betuminoso, contorna o adro da capela, formando um espaço para estacionamento do lado S. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela *1 |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 17 / 18 - Provável construção da capela; séc. 18, 2ª metade - demanda entre os paroquianos da vila de Mesão Frio e os de Vila Jusã, possivelmente devido aos primeiros se quererem apoderar da capela; segundo os Direitos Paroquiais da Igreja de São Martinho, o pároco tinha a obrigação anual de, no dia de São Silvestre, dizer missa na capela para os fregueses e dar lá os dias Santos; o ermitão apresentado pelo abade da Teixeira, tinha a obrigação de pagar a missa ao pároco e aos acólitos que cantavam, e se não houvesse acólitos para ajudar a cantar, o pároco devia receber $250 rs do ermitão; 1763, 20 Abril - visitador determina que o ermitão da capela faça consertar a parede na parte arruinada, reformar o retábulo com pintura e "também consertado de madeira tudo mais partes, em que carecer de reforma e composição", devendo fazê-lo com as ofertas e esmolas que havia recebido para o Santo, no prazo de quatro meses; 1769, 13 Setembro - o visitador manda que fique suspensa a queda de água da capela e se mande rebocá-la; séc. 20 - remodelação. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura de alvenaria de xisto rebocada com argamassa de cimento; cunhais e cornija de argamassa de cimento; embasamento e degraus fronteiros à porta principal de granito; cobertura de telha; cruz da empena da fachada em metal e eletrificada; pavimento e base do púlpito de betão; tecto, coro-alto e altar de madeira; portas metálicas pintadas de verde; janelas com vidro simples e grades de ferro. |
Bibliografia
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DIAS, António Dias, Fastos de Mesão Frio, Porto, 1999. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Comissão fabriqueira: 1967 - Obras de conservação e restauro; 1984 - colocação do altar com baldaquinos provenientes de um colégio feminino da Póvoa do Varzim; 1996 - substituição das portas antigas, de madeira de carvalho por portas metálicas. |
Observações
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*1 - Romaria de S. Silvestre que decore n o último Domingo de Agosto. As substituições das portas deve-se a várias tentativa de assalto. |
Autor e Data
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Ricardo Teixeira 1999 / Ana Filipe 2011 |
Actualização
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