Baltazar da Silva Castro

 
Arquiteto / Engenheiro (Cabeceiras de Bastos, 1 de maio de 1891-Póvoa de Lanhoso, 1967)
 
 

DADOS FAMILIARES:

Filho de José Joaquim da Silva Castro e de Ana da Silva Ramalho.

Casa com Mariana Amélia de Abreu, de quem tem quatro filhos, entre os quais Celestino Joaquim de Abreu Castro, também arquiteto.

EDUCAÇÃO
E FORMAÇÃO:

1914, outubro-1916, setembro — Enquanto aluno do curso de Arquitetura é tirocinante na Direção das Obras Públicas do Distrito do Porto.

1917, agosto-1918, junho — Enquanto aluno do curso de Engenharia Industrial é tirocinante nos Caminhos-de-Ferro do Estado, na Direção do Minho e do Douro.

Cerca de 1918 — Conclui o curso de Arquitetura Civil da Escola de Belas Artes do Porto, com a classificação de 15 valores.

Até 1919 — Conclui o curso de Desenho Histórico e o 4.º ano do curso de Escultura Monumental, também na Escola de Belas-Artes do Porto

1919 — Conclui o curso superior de Engenharia Industrial do Instituto Industrial e Comercial do Porto, com a classificação de 13 valores.

1938, setembro-1938, novembro — Realiza diversas viagens internacionais para o estudo de alguns monumentos, enquanto bolseiro do Instituto para Alta Cultura.

CARGOS
E FUNÇÕES:

1919, maio-1920, outubro — Condutor de Obras Públicas do quadro auxiliar de engenharia civil da Direção das Obras Públicas do Distrito do Porto.

1920, outubro-1921 — Agente técnico de Engenharia da Direção de Obras Públicas do Distrito do Porto.

1921-1927, março — Transita para a Administração Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Norte do Ministério do Comércio e Comunicações.

1927, março — Ingressa como agente técnico de Engenharia na Direção-Geral de Belas-Artes (3.ª Repartição: Monumentos e Palácios, Secção Norte) do Ministério de Instrução Pública.

1927, junho — É nomeado arquiteto do mesmo serviço (Decreto n.º 13434, de 31 março 1927).

1927, 17 outubro-1929, 30 novembro — Diretor técnico das obras de construção e reparação dos edifícios da Comissão Especial Administrativa do Conselho da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Decreto n.º 14446 de 19 outubro 1927).

1929, novembro — Integra a comissão, constituída pelo crítico de arte José de Figueiredo e o escultor António Augusto Costa Mota (tio), para dar o parecer sobre as obras a efetuar na Praça de Camões, Ponte de Lima (Portaria de 13 novembro, Diário do Governo n.º 268, 2.ª série, de 16 novembro 1929).

1929, dezembro – Integra a comissão das obras da Citânia de Briteiros, Guimarães (Portaria de 4 dezembro, Diário do Governo n.º 287, 2.ª série, de 9 dezembro 1929).

1929 — É transferido para a Direção dos Monumentos do Norte, organismo da recém-criada Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais — DGEMN (Decreto-Lei n.º 16791, de 25 de abril de 1929), do Ministério das Obras Públicas.

1930, março-1936, janeiro — Diretor interino da Direção dos Monumentos Nacionais do Norte, cargo que ocupa na sequência da reorganização da DGEMN (Decreto n.º 18070, de 10 de março de 1930).

1930, janeiro – Integra as comissões para direção das obras de restauro da Igreja de Boelhe, Penafiel, da Igreja Matriz de Barcelos, Barcelos, da Domus Municipalis de Bragança, e da Sé de Braga (Portaria de 8 janeiro, Diário do Governo n.º 9, 2.ª série, de 11 janeiro 1930).

1930, abril – Integra a comissão administrativa das obras de restauro a executar na Sé Catedral de Vila Real (Portaria de 30 de abril, Diário do Governo n.º 102, 2.ª série, de 5 maio 1930).

1930, maio – Integra a comissão administrativa das obras de restauro Igreja e Castelo de Ansiães, em Carrazeda de Ansiães (Portaria de 10 maio, Diário do Governo n.º 110, 2.ª série, de 15 maio 1930).

1934, janeiro — É promovido simultaneamente a arquiteto de 2.ª e de 1.ª classe, por distinção, a pedido do diretor-geral da DGEMN, engenheiro Gomes da Silva, pelo seu “dedicado e inteligente esforço em prol do património artístico da Nação”.

1935, janeiro – Integra a comissão, constituída pelo arquiteto Rogério de Azevedo, António de Azevedo e presidida pelo professor Aarão Ferreira de Lacerda, “para proceder ao inventário de todos os prédios que devam ser classificados como de interesse público..., para os efeitos da devida restauração” na cidade do Porto.

1936, janeiro-1947, maio — Diretor da Direção dos Monumentos Nacionais, cargo que ocupa na sequência da reorganização da DGEMN (Decreto-Lei n.º 26117, de 22 novembro de 1935).

1941 – Integra a comissão administrativa do Plano da Cidade Universitária de Coimbra, como arquiteto especializado em obras de monumentos nacionais (Diário do Governo n.º 278, 2.ª série, de 28 de novembro 1941).

1947, maio-1948, dezembro — Diretor da Direção dos Serviços de Monumentos Nacionais, cargo que ocupa na sequência de nova reorganização da DGEMN (Decreto-Lei n.º 36314, de 31 de maio de 1947).

1948, junho — Nomeação definitiva a arquiteto diretor da Direção dos Serviços de Monumentos Nacionais da DGEMN.

1948, dezembro-1955, março — Arquiteto inspetor superior do Conselho de Obras Públicas, organismo que funciona na dependência direta do ministro das Obras Públicas.

1949 — Delegado à exposição dos Monumentos Nacionais na Exposição "15 Anos de Obras Públicas, 1932-1947".

1955, março — Pede a aposentação, após 35 anos de serviço.

ESTUDOS,
PROJETOS
E INTERVENÇÕES:

Baltazar de Castro é uma figura cimeira do restauro do património arquitetónico português do século XX, entre 1920 e 1955. A sua área geográfica de atuação abrange o Norte de Portugal Continental, a Madeira e os antigos territórios portugueses do Ultramar, focando, essencialmente, a sua intervenção nos monumentos religiosos e militares medievais.

Executa, igualmente, projetos para escolas e acompanha as intervenções na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e na Maternidade Júlio Diniz. No final da sua carreira profissional, vai em missão, durante vários meses, a Moçambique, Angola e à então Índia Portuguesa.

1923 – Igreja do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, Vila do Conde: coautor do restauro e diretor de obras.

1927, cerca – Igreja de Leça do Bailio, Matosinhos: coautor do restauro e diretor de obras.

1932 - Garagem do Jornal "O Comércio do Porto", Porto: coautor, com Rogério de Azevedo, do projeto de construção.

1935 - Faculdade de Meadicina do Porto, Porto: coautor, com Rogério de Azevedo, do projeto de ampliação e reforma.

1937, julho – Capela da Visitação ou de Santa Isabel, Funchal: orientação e fiscalização das obras de reconstrução e restauro, e da possível proposta de classificação como Monumento Nacional ou Imóvel de Interesse Público.

(Perante a dificuldade de aferir a data exata, optou-se por elencar os monumentos, cujas obras o arquiteto Baltazar de Castro acompanhou, entre 1934 e 1948, enquanto autor do restauro e diretor dos diretor dos Serviços de Monumentos)

Braga: Paço dos Duques de Bragança, Guimarães; Castelo de Guimarães, Guimarães; Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, Guimarães; Igreja de São Romão de Arões, Fafe.

Bragança: Castelo de Bragança, Bragança; Igreja Matriz de Moncorvo, Torre de Moncorvo.

Coimbra: Igreja de Santiago, Coimbra; Biblioteca da universidade de Coimbra, Coimbra; Igreja matriz de Lourosa, Oliveira do Hospital; Sé Velha, Coimbra; Mosteiro de Santa Clara, Coimbra; Torre de Santa Cruz, Coimbra; Ruínas de Conímbriga; Igreja matriz de Góis, Góis; Mosteiro de Lorvão, Penacova.

Guarda: Muralhas e Castelo de Trancoso, Trancoso; Castelo de Linhares, Celorico da Beira.

Leiria: Mosteiro de Alcobaça, Alcobaça; Mosteiro da Batalha (capela-mor e vitrais), Batalha; Igreja matriz da Batalha; Castelo de Leiria; Capela de São Pedro, Leiria.

Porto: Mosteiro de Travanca, Amarante; Igreja de Cete, Paredes; Igreja de Paço de Sousa, Penafiel; Igreja de Cedofeita, Porto; Igreja de São Francisco, Porto; Muralhas de D. Fernando, Porto.

Viana do Castelo: Igreja de Bravães, Ponte da Barca; Igreja matriz de Caminha, Caminha; Capela de Nossa Senhora da Orada, Melgaço; Igreja de Sanfins de Friestas, Valença; Paços Municipais de Viana Castelo, Viana do Castelo.

Viseu: Sé de Viseu, Viseu; Igreja de Vouzela, Vouzela.

RELAÇÕES
PESSOAIS
E PROFISSIONAIS:

No âmbito da sua atividade profissional, colaborou com:

Henrique Gomes da Silva (engenheiro militar, diretor-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, de 1929 a 1960).

Rogério de Azevedo (arquiteto, chefe da 1.ª secção da Direção dos Monumentos Nacionais, Norte, de 1936 a 1940; Professor da Escola Superior de Belas-Artes do Porto de 1940 a 1968).

Alfredo Magalhães (médico, professor universitário, ministro da Instrução Pública de 1927 a 1928).

OUTROS DADOS BIOGRÁFICOS:

1931 — Desloca-se a Espanha, França, Suíça e Alemanha em missão oficial. Faz um requerimento para “conferenciar com o Sr. Eng. Gomes Moreno sobre a igreja matriz de Lourosa e São Frutuoso, e estudar algumas igreja visigóticas de Oviedo”.

1935 — Desloca-se a Espanha para “estudar monumentos da mesma época” de São Frutuoso, para continuar as obras de restauro.

1937 — Condecorado com o grau de Oficial da Ordem de Santiago de Espada, pelo Governo Português, por intermédio do Ministério da Instrução Pública, pelos serviços prestados no restauro dos monumentos nacionais e outros serviços do Estado (Diário do Governo, 2.ª série, n.º 123 de 28 maio de 1937).

1937 — Agraciado com o grau de oficial da Ordem de Cristo, por despacho da Chancelaria das Ordens Portuguesas (Diário do Governo, 2.ª série, n.º 123 de 28 maio 1937).

1938, setembro-1938,novembro — Bolseiro do Instituto para a Alta Cultura, para estudar no estrangeiro alguns monumentos.

1939 — Desloca-se, com o arquiteto Rogério de Azevedo, a Espanha (Astúrias) e França (Sul, Touraine e Loire) para estudar os castelos destes países.

1944, março – Desloca-se à Catalunha para estudar os monumentos contemporâneos ao Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães.

1950, 3 julho-1950,12 dezembro — Desloca-se a Moçambique, Angola e Índia, em comissão ao serviço do Ministério do Ultramar.

1952, 1 abril-1953, 1 janeiro — Desloca-se à Índia para execução de um estudo sobre o restauro dos monumentos, em comissão ao serviço do Ministério do Ultramar.

FONTES ARQUIVÍSTICAS:

PT DGEMN: DSARH-010/142-0021 (Direção de Serviços de Administração e Recursos Humanos da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Igreja de Leça do Bailio. Diversas obras)

PT DGEMN: DSARH-010/204-0002 (Ponte sobre o Lima)

PT DGEMN: DSARH-010/114-0136 (Estação arqueológica de Briteiros (Citânia) e Casa da Guarda)

PT DGEMN: DSARH-010/191-028 (Igreja de São Gens de Boelhe)

PT DGEMN: DSARH-010/042-0009 (Igreja matriz de Barcelos)

PT DGEMN: DSARH-010/054-0065 e PT DGEMN/DSARH-010/054-0071 (Domus Municipalis de Bragança)

PT DGEMN: DSARH-010/053-0024 (Sé Catedral de Braga)

PT DGEMN: DSARH-010/293-005 (Sé de Vila Real)

PT DGEMN: DSARH-010/064-007 (Castelo de Carrazeda de Ansiães)

PT DGEMN: DSARH-010/114-0042 (Paços dos Duques de Bragança: processo geral (1.º, 2.º, 3.º e 4.º volumes))

PT DGEMN: DSARH-010/114-0181 (Obras de conclusão do restauro do claustro da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e Museu Alberto Sampaio, em Guimarães)

PT DGEMN: DSARH-010/093-0006 (Igreja de São Romão de Arões, Fafe)

PT DGEMN: DSARH-010/054-0025 (Castelo de Bragança. Obras de conservação e restauro)

PT DGEMN: DSARH-010/266-0001 (Igreja Matriz de Moncorvo. Diversas obras) e PT DGEMN: DSARH-010/266-0002 (Igreja Matriz de Moncorvo. Obras de conservação e restauro)

PT DGEMN: DSARH-010/079-0240, DSID-001/006-0510, DSID-001/006-0511 (Direção de Serviços de Inventário e Divulgação. Igreja de Santiago, Coimbra)

PT DGEMN: DSARH-010/181-0006 (Lourosa, Igreja Matriz) e PT DGEMN: DSARH-010/181-0004 (Igreja de Lourosa)

PT DGEMN:DSARH-010/079-0132 (Sé Velha de Coimbra), PT DGEMN:DSARH-010/079-0133 (Obra de separação do claustro e anexos da Igreja da Sé Velha de Coimbra, das duas alas do edifício da antiga Imprensa da Universidade de Coimbra)

DGEMN:DSARH-010/079-070 (Igreja de Santa Clara (Mosteiro))

PT DGEMN: DSARH-010/079-005 (Torre de Menagem do Castelo de Coimbra)

PT DGEMN: DSARH-010/080-0090 (Oppidum Romano: Condeixa-a-Velha, Coimbra)

PT DGEMN: DSARH-010/108-0006 (Igreja Matriz de Góis)

PT DGEMN: DSID-001/006-612 (Mosteiro do Lorvão: Processo Administrativo)

PT DGEMN:DSARH-010/269-0003 (Monumentos Nacionais - Castelo de Trancoso: Obras de conservação e restauro)

PT DGEMN:DSARH-010/076-0007 (Castelo de Linhares: expropriações)

PT DGEMN: DSARH-010/009-0023 (Reparação nos telhados da Sacristia e da Capela dos Relicários da Igreja do Mosteiro de Alcobaça)

PT DGEMN: DSID-001/010-1081 (Mosteiro d Alcobaça: ProcessoAdministrativo)

PT DGEMN:DSID-001/010-1114 (Igreja Matriz da Batalha: Obras)

PT DGEMN:DSARH-010/124-0035 (Castelo de Leiria: diversos assuntos: Muralhas do Castelo de Leiria: obras de consolidação) e PT DGEMN:DSARH-010/124-0003 (Castelo de Leiria)

PT DGEMN:DSARH-010/026-0003 (Igreja de São Salvador de Travanca)

PT DGEMN:DSARH-010/187-0003 (Mosteiro de Cete) e PT DGEMN:DSARH-010/187-0001 (Mosteiro de Cete)

PT DGEMN:DSARH-010/191-0016 (Igreja do Mosteiro do Paço de Sousa: reparação e conservação)

PT DGEMN:DSARH-010/209-0015/03 (Igreja de Cedofeita, Porto)

PT DGEMN:DSARH-010/209-0012/01 (Igreja de São Francisco do Porto)

PT DGEMN:DSARH-010/209-0011/08 (Muralha de D. Fernando. Diversas obras)

PT DGEMN:DSID-001/016-2213 (Igreja de Bravães: Obras) e PT DGEMN:DSARH-010/203-0020 (Igreja de S. Salvador de Bravães)

PT DGEMN:DSARH-010/061-0018 (Igreja Matriz de Caminha, distrito de Viana do Castelo)

PT DGEMN:DSARH-010/145-0013 (Igreja da Orada)

PT DGEMN:DSARH-010/272-0136 (Igreja de São Fins de Friestas, Valença: Administração e Fiscalização)

PT DGEMN:DSARH-010/277-0126 (Paços Municipais)

PT DGEMN:DSARH-010/301-0094 (Sé - Obras de restauro: Sé de Viseu - Processo Geral)

PT DGEMN:DSARH-010/302-0004 (Igreja Matriz de Vouzela)

PT DGEMN: DSARH-010/105-0030 (Capela de Santa Isabel ou Capela da Visitação [Funchal])

PT DGEMN: DSARH-010/114-0069 (Viagem de estudo ao monumentos da Catalunha, contemporâneos ao Paço dos Duques de Bragança)

PT DGEMN: DSARH-PESSOAL-0003/02 (Direção de Serviços de Administração e Recursos Humanos, processo individual)

Arquivo MOP: Processo individual

BIBLIOGRAFIA
DO AUTOR:

BIBLIOGRAFIA
SOBRE
O AUTOR:

COSTA, Ana Alves — Rogério de Azevedo. Vila do Conde: Verso da Cultura, 2013.

SANTOS, Joaquim Rodrigues dos, MENDIRATTA, Sidh Losa — "Visiono Velha Goa, a Cidade Morta, Reanimar-se... O Plano de Intenções de 1960 para a Musealização de Velha Goa". in Actas do Congresso Internacional Goa Passado e Presente. Lisboa, Centro de Estudos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica, 2012, pp. 404-405, http://www.academia.edu/1129085/_Visiono_Velha_Goa_a_Cidade_Morta_Reanimar-se_O_Plano_de_Intencoes_de_1960_para_a_Musealizacao_de_Velha_Goa (7 março 2013).

NETO, Maria João Baptista — "A Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e a intervenção no Património Arquitetónico em Portugal. 1929-1999". Caminhos do Património. Lisboa: DGEMN, 1999.

Universidade do Porto, antigos estudantes ilustres, http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1006611 (01 março 2013).

ASSINATURA
E RUBRICA:

PRODUÇÃO:

Anouk Costa, abril 2013

ATUALIZAÇÃO:

Anouk Costa, dezembro 2013

REVISÃO
CIENTÍFICA:

 
 
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